quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Desapareceram 41 crianças no ano passado em Portugal

«O SOS-Criança sinalizou 41 crianças dadas como desaparecidas em 2010. A maioria fugiu de casa, mas também houve raptos parentais e fugas de instituições. Uns estiveram desaparecidos menos de dois dias, outros mais de um ano.

A maioria das crianças que desapareceu no ano passado tinha fugido de casa (25), mas também houve 10 casos em que se tratou de raptos parentais e outras seis situações em que os menores fugiram das instituições onde estavam, revela o relatório do SOS-Criança, um organismo criado em 1989 pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC).

Dez menores estiveram desaparecidos menos de dois dias e sete menos de uma semana. O relatório indica ainda que em cinco casos o menor conseguiu estar incontactável entre uma a duas semanas e houve três crianças que desapareceram durante duas a três semanas.

Três menores fugiram durante três a quatro semanas e outros dois estiveram por localizar por um período superior a um mês. Em três casos, os menores desapareceram durante mais de meio ano e em quatro casos mais de nove meses. O relatório indica ainda que três menores estiveram mais de um ano desaparecidos.

A maioria destas crianças tinha alguém “à sua espera”: 12 estavam com o progenitor, 16 com os companheiros ou amigos e cinco com os irmãos. Quinze menores acabaram por regressar a “casa” por sua iniciativa, ao passo que em seis situações foi a família ou a polícia (seis vezes) que deslindou o caso. “Duas crianças não quiseram regressar a casa/instituição e nove têm processo aberto”, refere o relatório, indicando que 12 dos “desaparecidos” eram reincidentes.

Nos raptos parentais, em 13 casos os pais ainda estavam casados, oito estavam divorciados, seis separados havendo ainda duas uniões de facto ou solteiros. O estado civil dos pais de nove crianças desaparecidas manteve-se desconhecido até agora.

Conflitos familiares razão mais comum para as fugas

Foram precisamente os conflitos familiares a principal razão de fuga, seguindo-se a internet e a influência de amigos. “A violência doméstica foi responsável por quatro desaparecimentos e os maus-tratos por três”. O relatório aponta ainda casos de doenças psiquiátricas, negligência, problemas comportamentais, namoro e até uma história de um menor que fugiu para ir a um concerto.

No ano passado desapareceram 31 raparigas e 10 rapazes e é perto do fim-de-semana que acontece a maioria dos casos: 11 numa sexta-feira, sete na quinta e outros cinco casos na segunda-feira.

Quanto às idades, não existe um padrão: no ano passado desapareceram duas crianças de dois anos e seis com três, cinco, seis, sete, dez e onze anos, mas também cinco jovens de 16 anos e quatro de 17 anos.

A maioria vivia em Lisboa (11). Em Évora e Bragança desapareceram quatro menores em cada um dos distritos. Setúbal, Braga, Coimbra, Faro, Leiria, Viseu, Santarém e Aveiro também registaram casos.

Na maior parte das situações o alerta foi feito pela família, mas também existiram onze fugas denunciadas pela comunidade e sete por profissionais de instituições ligadas a crianças. Em dois casos, foram os próprios “fugitivos” que contactaram os serviços SOS-Criança Desaparecida.

Oito denúncias chegaram aos serviços SOS por e-mail, as outras 33 por telefone, revela o relatório que indica ainda que o Serviço de Crianças Desaparecidas já sinalizou 318 casos ao longo destes anos. Só no ano passado foram 41, metade dos registados em 2009, altura em que os serviços sinalizaram 88 crianças desaparecidas.»

in Público online, 10-8-2011

domingo, 7 de agosto de 2011

FBI lança aplicação gratuita para o iPhone para encontrar crianças desaparecidas

O FBI desenvolveu uma aplicação gratuita para o iPhone com o intuito de facilitar a resolução de desaparecimentos infantis. O programa representa uma medida inédita da agência criminal norte-americana no combate ao flagelo.



As potencialidades dos smartphones continuam a ser exploradas para cada vez mais fins. Hoje, foi o FBI a anunciar a disponibilização de uma aplicação gratuita para o iPhone que permite ajudar na recuperação de crianças desaparecidas. Basta a qualquer cidadão americano ir à AppStore e fazer download do programa.

De acordo com a agência criminal americana, o Child Id permite aos pais guardarem dados vitais sobre os filhos, tais como determinadas características psicológicas ou fotos. Assim, no momento de aflição, a aplicação permite ter toda a informação útil na palma de mão e, partilhá-la rapidamente com as autoridades através de telefone ou e-mail.

Ajudar a localizar, mas também a prevenir

Outra função da aplicação é providenciar dicas sobre a melhor forma de evitar colocar os filhos em risco. Inclui, igualmente, conselhos práticos sobre como agir nas primeiras horas que se seguem ao possível desaparecimento, de forma a que a criança tenha mais hipóteses de reaparecer sã e salva.

A aplicação faz parte do National Child Identification Program (Programa Nacional de Identificação de Crianças - NCIP), um programa do FBI com vista a ajudar os pais a lidar de forma mais eficaz com o flagelo do desaparecimento infantil. Assim sendo, para publicitar a aplicação a NCIP vai disponibilizar aos interessados um kit que permite salvaguardar dados biométricos dos filhos no caso de rapto.

Por enquanto, só disponível para iPhone, a Child Id marca a entrada da agência criminal americana no combate ao rapto infantil no mundo das aplicações para smartphones e insere-se num movimento que está a ganhar força no âmbito do dispositivo governamental americana.

As capacidades de rápida partilha e interatividade com os cidadãos têm sido aproveitadas por diversas agências para conferir maior eficácia à sua atividade. Por isso, as Finanças, a Casa Branca, o Departamento dos Assuntos dos Veteranos e o Exército são algumas das entidades que já têm vindo a usar os novos meios eletrónicos.

in Expresso online, 05-8-2011

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

David João Silva Pereira de Figueiredo volta a casa após 45 dias desaparecido

«A família de David Pereira de Figueiredo, de 23 anos, respirou ontem de alívio, com o regresso do jovem a casa, em Almada, 45 dias depois de ter saído sem qualquer aviso.

"Chegou de madrugada, muito cansado. Estamos todos muito felizes com o regresso e por ele estar bem", disse ao CM a mãe, Maria Figueiredo.

A Polícia Judiciária de Setúbal investigava o súbito desaparecimento do jovem, mas as pistas existentes eram poucas. Tudo o que se sabia era que David tinha desaparecido na noite de 20 de Junho sem qualquer explicação. Segundo os familiares, não tinha problemas com ninguém e, apesar de reservado, não andava deprimido nem chateado.

O jovem, licenciado em Produção Alimentar em Restauração, foi a pé até ao sul de Espanha: andou por Sevilha e por Granada. Regressou depois de ter subido a Serra Nevada.»


in CM online, 04-8-2011


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Albufeira: Mãe de quatro desaparecida (Actualização: Desaparecida garante estar em tratamento)

«Florência Dias, de 30 anos, desapareceu no passado domingo, dia de aniversário do mais velho de quatro filhos. Saiu de um bar onde fazia um biscate, em Olhos d’Água, Albufeira, a meio da madrugada, para ir comprar um cachorro a uma rulote na rua. Nunca mais foi vista. O companheiro, João Santos, de 39 anos, tem recebido mensagens do telemóvel da mulher a pedir roupa e documentos. Desconfia que nem todas são escritas por ela.

João e Florência, desempregados, estão juntos há 15 anos. Vivem numa casa humilde, do pai de João, na Patã, Loulé, e têm quatro filhos, com 14, 12, 11 e 10 anos de idade. João participou o desaparecimento após 24 horas, na segunda-feira. Fonte do Comando da GNR disse ao CM que "nada indicia sequestro" e que será uma "situação de violência doméstica". João diz que não discutia com a mulher "há mais de um mês" e não acredita que ela abandonasse os filhos. "Levaram-na contra a vontade dela", assegura o companheiro.»


in CM online, 03-8-2011


Actualização do post:

«João Santos, de 39 anos, companheiro de Florência Dias, 30, desaparecida desde a madrugada de domingo, recebeu ontem uma mensagem do telemóvel da mulher, a informar que está "num centro de recuperação na Serra da Estrela", disse o homem ao CM. "Ela tinha um problema com drogas e estava a tomar metadona", admitiu.

O Comando da GNR corrigiu ontem ao CM a informação, por ele prestada, de que haveria violência doméstica neste caso. "Era outro caso. Neste, tudo leva a crer que a senhora se ausentou de livre vontade", informou fonte oficial do Comando. Florência, mãe de 4 filhos menores, desapareceu de um bar onde trabalhava, em Olhos d’Água, Albufeira.»


in CM online, 04-8-2011